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Quanto riso, quanta alegria
Por Presença Propaganda em Fev.09, 2010, Categoria Cultura
Louvável a atitude da Rede Globo em reavivar algo que marcou o carnaval: suas deliciosas marchinhas. Exercício de talento, ritmo e graça, quem não conhece os trechos de “mamãe eu quero”, “bandeira branca amoooorrr!”, “eu mato, eu mato, quem roubou minha cueca pra fazer pano de prato?”, e assim por diante?
A querida São Luiz do Paraitinga – esse ano sem carnaval, mas mantendo inabalável seu concurso de marchinhas, que teve lugar no SESC Pompeia em São Paulo – preserva a tradição dos blocos e de sua música típica. Vários artistas locais lançam regularmente deliciosos CDs registrando a produção da cidade e região. “Maria Gasolina, Maria Gasolina / O nome dela é Maria Gasolina!” é um dos hits luizenses.
Outro artista que contribuiu para imortalizar a força das marchinhas foi Eduardo Dusek que, acompanhado por outros três músicos, lançou CD “Sassaricando, e o Rio Inventou as Marchinas” com as 100 marchinhas de todos os tempos. Entre composições de Braguinha, Noel Rosa, Lamartine Babo, Zé Keti e Pereira Mattos, que imortalizaram Máscara Negra, o CD deixa a provocativa pergunta no ar: “por que, com honrosas exceções, não se fazem mais marchinhas como se fazia antigamente?”
Certamente a resposta não caberia neste espaço, mas uma coisa é digna de nota: fica aí o desafio a quem deseja trabalhar em prol das marchinhas, de fazê-las novamente brilhar, serem cantadas e cultuadas – como se faz em São Luiz do Paraitinga – por gerações de foliões ávidos pelas suas letras divertidas. Canções que merecem retornar ao trono máximo da musicalidade dos dias de Momo.